Um vintém atrás do outro

14 06 2013

UM VINTÉM ATRÁS DO OUTRO – Matéria publicada ontem (13) no site do “The New York Times” dá lastro histórico aos protestos contra aumento de tarifas de ônibus no Brasil: cita a “Guerra do Vintém” (“Vintém Revolt”, na versão em inglês): http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/a-guerra-do-vintem
***
(A matéria está aqui: http://www.nytimes.com/2013/06/14/world/americas/bus-fare-protests-hit-brazils-two-biggest-cities.html?ref=world&_r=0)





O acaso produz essa não-obra

1 04 2013

mp

Postei hoje na ECT, pro Ronald Augusto, um exemplar de meu “Morte Porca” (2002). Depois de postado, me lembrei de que não havia autografado o livro. Esse não-autografar, produzido pelo acaso mas driblando uma cláusula pétrea de uma tradição constituinte do processo de distribuição de livros, acabou por se revelar, à minha leitura crítica, como uma não-obra que se cola à obra. Um ato-atitude, mais do que um ato falho.

Isso.





A arte de perder no mundo novo

6 03 2013

Clientes têm tido dificuldade pra encontrar empresas e, assim, compras e serviços acabam não acontecendo. Conforme matéria publicada no “Valor”, “companhias têm perda bilionária com erros na Web”.

A questão é que há muitos erros de endereço no mundo virtual. Vejam o que diz o texto: “O problema não era preponderante na era pré-digital, quando as pessoas buscavam informações sobre empresas locais em listas de papel”.

Com as velhas páginas amarelas, era fácil. Era tipo “procurar, achar”, conforme  dizem as pessoas entendidas entrevistadas pelo site. Com a internet, o controle da exatidão se perdeu. A matéria do “Valor” explica: “ ‘As empresas não estão mais no controle’, diz Howard Lerman, diretor-presidente da Yext”.

*** Confira o texto do jornal aqui.





O fundo verdadeiro da perifa

11 02 2013
eu

Eu tentando ver o fundo fundo

No comecinho deste ano, depois de garimpar o centro comercial de Monlevade, tonto com os preços, comprei uma bermuda num bairro na região Sul de Monlevade, onde se concentram, principalmente, segmentos sociais de baixo poder aquisitivo. Perifa.

Uma bela bermuda, reforçada, dois bolsos atrás e quatro na frente pra celulares, notas, documentos. Comprei mesmo.

Em Carneirinhos, no tal centro comercial, a mesma peça custaria cinco vezes mais.

Hoje, enfiei minhas mãos várias vezes nos seis bolsos, antes de preparar a bermuda pra uma boa lavada. Sim: estão vazios, disse. E lá ia a bermuda pra água, quando, virada de cabeça pra baixo, caíram moedas de dentro dela. A bela bermuda da periferia tem ainda profundezas mais secretas do que pensava eu.

Centrão, entenda o recado: olhe mais praquele lado. Tem muita coisa da boa lá. Muita.





Construção & ruína

11 02 2013

Eu ia passando esta tarde pela avenida Getúlio Vargas quando um rapaz que trabalhava na construção de um prédio chamou: “ei, negão!”. Ele atravessou o asfalto. “Poderia me arrumar 1 real preu comprar dois cigarros? Na obra, ninguém tem”. O gigante negão respondeu: “Não, não tenho, acabei de comprar um colírio”. Enquanto a poeira perigosa pros olhos caía do alto da edificação, segui em frente, decidido a não contribuir pro trabalho de ruína do tabaco no corpo do operário.





Eu gosto e pronto

4 01 2013

Fiquei sabendo que a Eliane Araújo planeja voltar no domingo pra junto da turma do Mato Adentro. Foi o que concluiu minha massa cinzenta pela pergunta que ela fez sobre SE HÁ VAGA pra ir pro mato com a gente (leia: Carlos Antonio Coelho Coelho,Ronaldo Carvalho LageWerton Santos). Há vaga, sim, até pra outras coisas no mundo e, então, por que não haveria pra ir Mato Adentro? Eu gosto de Mato Adentro, de Feicibânquer (https://feicibunker.wordpress.com/), de dabliê (http://dablie.tumblr.com/). Gosto, vou lá e pronto. É assim que funciona. Se ela gosta também, eles gostam também, é assim: a gente faz e pronto. E você? Chora? Ora, bora!

 





Lamarque

1 12 2012

“Não queria homenagem por fazer 70 anos. (…) Acho um pouco chato isso, parece que só o que você tem é uma idade. É uma tolice, não gosto. Mas sabe o que podia ser feito e não foi? Um esforço pelas redes sociais para descobrir quem no mundo tem a edição inglesa do meu primeiro disco gravado em Londres. Porque a edição brasileira tem um corte em “A little more blue”, feito pela censura. Eu fazia uma menção à (atriz argentina) Libertade Lamarque e eles pensaram que eu estava pedindo liberdade para Lamarca (risos).”

(Caetano Veloso a Leonardo Lichote n’O Globo – LEIA MAIS.





Lugar Comum

22 09 2012

nosso lugar comum

não o lugar nenhum

que a cidade dá

como quem dá

as costas

pra nos açoitar





Baú do broda

6 09 2012

O Baú do Irrthum
Luciano Irrthum
Série Repetório, nº 11.
João Pessoa: Marca de Fantasia, 2012. 68p. 14x20cm. R$12,00.
ISBN 978-85-7999-052-6

Achei esse lance por acaso e tô pondo aqui. O Irrthum é de Monlevade, neto do velho Gehart e ilustrou meu livro “Morte Porca” (2002). E trabalhamos juntos no jornal “O Tempo”.

Leia aqui, ó:

“Para os seres surreais que nunca leram Irrthum”.





Demanda de estridência

4 08 2012

Eu tenho demanda de estridência.

Quem vê meu lado arredio não crê.

Quem vê meus pipocares de explosão acredita.

Nesses instantes de explosão minha gagueira some.

Dizem que gagos não gaguejam quando cantam.

Mas não dizem que difícil é pegar a arrancada para o canto.

Mas este gago aqui pelo menos não gagueja quando grita.

O Gil disse que o reggae tem algo de bossa nova, mas o reggae realizou uma demanda de estridência que a bossa, por ser a bossa, não podia realizar.

A demanda de estridência me levou ao roquenrou há muito tempo.

Mas só recentemente me levou a Dapenha.

Vamo?